“A saúde é a vida no silêncio dos órgãos.” A sentença clássica do cirurgião francês René Leriche (1879-1955) remete ao fato de que, quando ecoam sintomas, há algo de errado acontecendo no corpo humano. Ela tem um robusto fundo de verdade, mas não comporta toda a realidade: afinal, sabemos hoje que inúmeras doenças começam a progredir de forma silenciosa — o diabetes e a pressão alta são bons e prevalentes exemplos.
Mas não há maior ruptura do silêncio do organismo do que a dor. É quando ele grita. E nos faz parar para prestar atenção e tomar alguma atitude. Trata-se, como você bem sabe, de um mecanismo natural de sobrevivência. Um alerta. “Cuide-se”, nossas células imploram.
Ocorre que, como se tem visto com maior frequência nos consultórios médicos, o grito do corpo pode se prolongar — indefinidamente, se não fizermos nada. Eis o que se chama de dor crônica, quando o sintoma vira, ele mesmo, a doença.
Pode ser uma lombalgia que não vai embora, fruto de anos de sedentarismo e má postura. Uma osteoartrite no joelho devido à sobrecarga de peso. A consequência de uma infecção torturante, como o herpes-zóster. O sinal de uma síndrome misteriosa e limitante, caso da fibromialgia.
Por algum estímulo interno e/ou externo, nosso sistema nervoso entra em curto-circuito, e o grito de dor se torna uma constante, às vezes hiperdimensionado com um alto-falante.
Ninguém merece viver assim. É por isso que a medicina tem se desdobrado nos últimos anos para compreender melhor os mecanismos por trás das dores, sobretudo as crônicas. E quebrado a cabeça para aperfeiçoar o que há de tratamento.
Nesse sentido, despontam tecnologias e medicamentos no horizonte, ao mesmo tempo que os estudos endossam o potencial de estratégias hoje tradicionais, como sessões de atividade física guiada e fisioterapia. É dessa busca incansável para reparar, se não o silêncio, ao menos o bem-estar na vida dos órgãos, que falamos na matéria de capa desta edição, O Novo Mapa da Dor.
A jornalista Larissa Beani ficou horas debruçada nas pesquisas na área, ao telefone conversando com os especialistas e procurando traçar uma rota pavimentada pela ciência do que pode ajudar hoje e deverá melhorar ainda mais a situação amanhã. Ficou até com insônia e aquela tensão nos ombros de tanta apuração.
Mas espantou as dores físicas e emocionais com alguns ensinamentos que aprendeu fazendo a reportagem. Pois este é o objetivo de VEJA SAÚDE: dar coordenadas para viver melhor agora e saber como a medicina evolui para nos acolher lá na frente.
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Fonte.:Saúde Abril