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27 de junho de 2025

Polícia Civil prende condenado pelo 8/1 que estava foragido na Argentina

Polícia Civil prende condenado pelo 8/1 que estava foragido na Argentina

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem condenado pelos atos de 8 de janeiro de 2023 que estava foragido na Argentina. A prisão ocorreu assim que Paulo Augusto Bufarah, de 55 anos, chegou ao Distrito Federal na noite desta quarta-feira (25). Ele estava em em um ônibus que partiu de Campo Grande (MS).

Em nota, a PCDF informou que a Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) cumpriu o mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Bufarah foi condenado definitivamente, ou seja, sem chance de recurso em dezembro de 2024.

Ele teria entrado para a lista de foragidos após romper a tornozeleira eletrônica. No mandado de prisão, o ministro Alexandre de Moraes destacou que Bufarah “insistiu em desrespeitar as medidas cautelares impostas referendadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), revelando completo desprezo pela Suprema Corte e pelo Poder Judiciário”.

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Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele fazia parte do núcleo de executores materiais da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. “Na sede do Congresso Nacional, Paulo Augusto Bufarah alcançou o interior de suas galerias, participando ativamente e concorrendo com os demais agentes para a destruição dos móveis que ali se encontravam”, disse a PGR. A denúncia foi recebida pelo STF em maio de 2023.

Bufarah respondeu apenas às perguntas da defesa ao ser interrogado em juízo. Na ocasião, ele disse que “se uniu às manifestações com intuito pacífico, por curiosidade”; que “não depredou ou danificou nenhum prédio ou bem público”; e que teria ingressado no Senado “para se abrigar das bombas de gás lacrimogêneo”. Ele afirmou que “não tinha intenção de dar golpe ou depor o governo eleito e que entendia que a manifestação seria apenas uma demonstração patriótica”.

Preso em flagrante no dia 8 de janeiro de 2023, Bufarah recebeu liberdade provisória em agosto daquele ano. Moraes determinou medidas cautelares, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.

Nas alegações finais, a defesa argumentou que a PGR não apresentou provas de autoria e materialidade de que Bufarah praticou crimes. Ele foi condenado a 17 anos de prisão, sendo 15 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, além do pagamento de 100 dias-multa, cada dia multa no valor de ⅓ do salário-mínimo, em regime inicial fechado para o início do cumprimento da pena. Os crimes atribuídos a ele foram:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 5 anos e 6 meses de reclusão;
  • Golpe de estado: 6 anos e 6 meses de reclusão;
  • Dano qualificado: 1 ano e 6 meses de detenção e 50 dias-multa;
  • Deterioração do patrimônio tombado: 1 ano e 6 meses de reclusão, e 50 dias-multa;
  • Associação criminosa armada: 2 anos de reclusão.

Em outubro de 2024, Moraes solicitou a extradição de brasileiros investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 que estavam foragidos na Argentina. No mês seguinte, a Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão contra 61 foragidos brasileiros.

A Gazeta do Povo entrou em contato com o advogado Reilos Monteiro, que representa Bufarah, mas ele ainda não se posicionou sobre a prisão. O espaço segue aberto para manifestações.



Fonte. Gazeta do Povo

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