Pelo menos duas pessoas foram mortas e outras sete ficaram feridas neste domingo (29) em novos ataques da Rússia contra várias regiões da Ucrânia. Kiev disse que as forças de Moscou lançaram 537 drones e mísseis. Trata-se da maior ofensiva aérea desde o início da guerra, há mais de três anos.
Segundo o Exército ucraniano, as forças de Kiev conseguiram abater 211 drones. Outros 225 teriam sido perdidos, provavelmente devido à interferência eletrônica provocada pelos sistemas de defesa. Cerca de 40 mísseis foram interceptados.
Os armamentos que passaram, contudo, provocaram estragos. Ao menos seis locais foram atingidos pelos ataques russos, e mais dois registraram quedas de destroços. Além dos mortos e feridos, um caça americano F-16 foi abatido na ação. O piloto morreu, de acordo com a Força Aérea ucraniana.
Moscou bombardeia a Ucrânia quase diariamente desde 24 de fevereiro de 2022, quando começou a invasão do vizinho. Hoje, os russos ocupam cerca de 20% do território ucraniano. As negociações para uma trégua estão em um impasse.
Na região de Cherkasi, no centro da Ucrânia, os ataques russos deixaram seis feridos, entre eles uma criança, informou a polícia ucraniana no Telegram. Mais a oeste, na região de Ivano-Frankivsk, situada longe da frente de batalha, uma mulher também ficou ferida e foi levada para um hospital.
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Um homem de 60 anos morreu em um ataque com drone na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, de acordo com as autoridades regionais. O Exército de Moscou lançou recentemente uma ofensiva nesta zona da frente.
As Forças Armadas russas, que reivindicaram a tomada de uma nova localidade na região oriental de Donetsk, afirmaram ter atingido instalações do complexo militar-industrial ucraniano e refinarias de petróleo. Também disseram que interceptaram três drones ucranianos na noite de sábado.
O presidente russo, Vladimir Putin, “decidiu há muito tempo continuar a guerra, apesar dos apelos de paz da comunidade internacional”, disse seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski.
“A Ucrânia deve reforçar sua defesa antiaérea”, acrescentou, afirmando mais uma vez estar “disposto a comprar” sistemas americanos como os Patriot.
Washington, que se aproximou de Putin desde fevereiro, ainda não respondeu favoravelmente a este pedido de Kiev.
“A crescente magnitude do terrorismo demonstra a urgência de novas sanções”, escreveu por sua vez o chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sibiga, no X.
Fonte.:Folha de S.Paulo