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18 de agosto de 2025

Atividade cerebral pode prever se estranhos se tornarão amigos, diz estudo

Atividade cerebral pode prever se estranhos se tornarão amigos, diz estudo

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Quando duas pessoas se tornam amigas, é muito provável que isso aconteça devido a semelhanças de gostos pessoais, estilo de vida, objetivos e de personalidade. No entanto, um novo estudo descobriu que uma amizade pode ser construída também devido a atividades cerebrais semelhantes.

Realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Nature Human Behavior, o trabalho queria entender se as semelhanças neurais entre amigos acontecia depois da amizade já estabelecida ou se as pessoas se atraíam por terem processos de pensamentos semelhantes.

Para responder a essa pergunta, os pesquisadores coletaram imagens do cérebro de 41 estudantes antes de iniciarem um programa de pós-graduação. Durante as imagens, os participantes assistiram a uma série de 14 clipes de filmes de diferentes estilos, como documentário ou comédia, e diversos tópicos, incluindo alimentação, esportes e ciência. Os pesquisadores então analisaram a atividade neural de cada participante em 214 regiões cerebrais.

Os participantes, com outros 246 alunos do programa, responderam a uma pesquisa dois meses após o experimento e novamente após seis meses. Nela, eles relataram com quem gostavam de passar o tempo livre.

Pessoas que eram amigas ao final dos oito meses apresentaram respostas mais semelhantes em uma parte do córtex orbitofrontal esquerdo, uma região do cérebro envolvida no processamento de valores subjetivos, do que aquelas que estavam mais distantes na rede social (que eram amigos de amigos).

Além disso, após dois meses de programa, as similaridades neurais entre amigos e não amigos não foram diferentes. Isso sugere que, inicialmente, as amizades não eram formadas com base no quanto os cérebros eram parecidos. Em outras palavras, as primeiras amizades provavelmente surgiram porque as pessoas estavam fisicamente próximas, compartilham o mesmo espaço ou interagem com frequência.

No entanto, com o passar dos meses, as pessoas foram criando amizades com base na compatibilidade da forma como interpretam e sentem o mundo, ou seja, com base na similaridade neural.

Segundo os autores do estudo, os resultados indicam que as amizades não são somente fruto da convivência, mas também de uma “sintonia neural prévia”. Isso sugere que a atividade cerebral pode prever amizades futuras, com possíveis implicações científicas, teóricas e sociais na compreensão dos vínculos humanos.



Fonte: CNN Brasil

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