Embora propagandas do governo federal estejam ignorando o papel do estado de São Paulo na obra do túnel Santos–Guarujá, a construção deverá ter na prática bem mais recursos aportados pela esfera paulista. O edital para a obra vai a leilão na próxima sexta-feira (5), na B3.

O governo de São Paulo poderá investir até 410% a mais que a União na obra. O custo de R$ 5,1 bilhões é dividido igualmente entre União e estado, mas São Paulo bancará sozinho a contraprestação anual, que poderá chegar a R$ 438,3 milhões anuais, pagos em 24 anos ao longo da concessão de 30 anos.

O valor final dependerá do desconto ofertado pelas empresas no leilão. Essa contraprestação é paga ao concessionário do túnel, e o que garante o equilíbrio financeiro do contrato.

O desembolso é feito a partir do momento em que o túnel entra em operação, o que está previsto para ocorrer em 2030.

Pelo edital, o estado de São Paulo deve realizar o depósito de sua parcela no ato da assinatura do contrato, estimada para ocorrer entre três e quatro meses após o leilão. Já a União terá até 60 dias para aportar sua parte.

O túnel terá 1,5 km de extensão, três faixas por sentido, passagem para pedestres e ciclistas, além de faixa exclusiva para o VLT.

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