O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou esperar um diálogo mais produtivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o norte-americano Donald Trump, após a videochamada entre os dois líderes nesta segunda-feira (06). Para Mendes, o contato representa um passo importante para restabelecer as relações comerciais entre os dois países. “Conversar é sempre bom. Espero que o presidente cumpra seu papel e estabeleça um diálogo com os Estados Unidos, que continuam sendo a maior economia do planeta”, disse o governador durante coletiva de imprensa em Cuiabá.

Mendes vinha criticando a postura de Lula desde que o governo norte-americano impôs um “tarifaço” de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, a reaproximação é essencial para reduzir tensões e fortalecer o comércio bilateral.

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De acordo com nota do Palácio do Planalto, Lula e Trump conversaram por cerca de 30 minutos sobre economia e relações diplomáticas. O diálogo, descrito como amistoso, retomou a boa relação estabelecida entre os líderes durante o encontro que tiveram em setembro, em Nova York, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Lula destacou que o contato representa uma oportunidade para “restaurar as relações amistosas de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”. O presidente também lembrou que o Brasil é um dos três países do G20 com os quais os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial e aproveitou para pedir a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros.

Trump, por sua vez, designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os dois presidentes ainda concordaram em realizar um encontro presencial em breve. Lula sugeriu uma reunião paralela durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia, e reiterou o convite para que Trump participe da COP30, em Belém (PA).

Segundo o Planalto, Lula e Trump trocaram contatos pessoais para manter uma linha direta de comunicação. A conversa foi acompanhada, do lado brasileiro, por Geraldo Alckmin, Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e pelo assessor especial Celso Amorim.