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20 de novembro de 2025

Veja quem é o contador investigado por criar mais de 300 empresas de fachada em Mato Grosso

Veja quem é o contador investigado por criar mais de 300 empresas de fachada em Mato Grosso

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O contador Eduardo Cristian Martins Correa do Nascimento, dono da empresa EMX Contabilidade, foi identificado pela Polícia Civil como o articulador do esquema de criação de mais de 300 empresas de fachada desarticulado pela Operação Domínio Fantasma, deflagrada nesta terça-feira (11). Mandados também foram cumpridos contra a esposa dele.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, o casal teve a residência vasculhada e um veículo Porsche foi apreendido. Segundo a investigação, o contador mantinha um estilo de vida de alto padrão, sustentado com os lucros obtidos com as fraudes, e costumava exibir viagens e bens de luxo nas redes sociais.

Contabilidade digital e empresas fantasmas

De acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), Eduardo se apresentava nas redes como “especialista em contabilidade digital”, voltada para dropshipping e iGaming.

As apurações indicam que ele usava esse discurso para abrir empresas fictícias em nome de laranjas, por meio das quais operava lojas virtuais falsas.

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Esses sites ofereciam desde roupas e cosméticos até eletrônicos. As páginas eram impulsionadas por anúncios pagos, recebiam valores via Pix ou cartão de crédito, e eram desativadas logo após os pagamentos.

Quando as reclamações aumentavam — especialmente em plataformas como o Reclame Aqui — o grupo abandonava o domínio e criava outro, repetindo o golpe em nova estrutura.

33 mandados e bloqueio de bens

A operação cumpre 33 ordens judiciais, incluindo prisão preventiva, apreensão de veículos e imóveis, bloqueio de contas bancárias, e suspensão de perfis e sites ligados à organização criminosa.

Além do Porsche, os investigadores recolheram documentos, equipamentos eletrônicos e materiais de contabilidade que podem comprovar o fluxo de recursos ilícitos.

Lavagem de dinheiro e fraude eletrônica

Conforme a Polícia Civil, o grupo movimentou valores expressivos por meio das empresas de fachada, em um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Os suspeitos respondem, até o momento, pelos crimes de associação criminosa, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e crimes contra as relações de consumo.

A investigação segue em andamento sob coordenação da Delegacia de Crimes Informáticos (DRCI), que busca identificar outros integrantes e possíveis ramificações do esquema em outros estados.





Fonte.: MT MAIS

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