A forma esférica surge naturalmente. A 1.500-2.000 °C, o vidro vira um líquido informe e, na baixa gravidade, ele forma uma esfera perfeita sozinho. Vamos adicionar titânio, magnésio e cálcio ao vidro para deixá-lo ainda mais forte Martin Bermudez, chefe-executivo da Skyeports, em entrevista à Yahoo Tech!

O espaço sempre me fascinou. Sou arquiteto de formação e comecei a pensar: como construir na Lua ou em Marte? Descobri que até 60 % do regolito lunar são silicatos – ou seja, basicamente vidro. Todo mundo me dizia ‘vidro é frágil, vai quebrar’, mas depois de conversar com cientistas percebi que, com algumas adaptações, ele pode ficar mais forte que aço. Entrei em contato com a NASA há quase dois anos e eles adoraram a ideia desde o primeiro dia Martin Bermudez, chefe-executivo da Skyeports

“Quero ver cidades inteiras”

Embora as primeiras esferas tenham apenas alguns centímetros de diâmetro, o objetivo final é criar habitats com centenas ou até milhares de metros de diâmetro, onde astronautas possam viver, trabalhar, cultivar alimentos e produzir água. Segundo Martin, ‘construir habitats de vidro na Lua tem um potencial enorme para o futuro da exploração espacial’.

Quero ver cidades inteiras dessas esferas – com parques, sistemas de água, casas, tudo ligado por pontes de vidro. Nunca vamos replicar a Terra 100 %, mas isso chega bem perto. E um dia poderemos colocar essas esferas até em órbita Martin Bermudez, chefe-executivo da Skyeports

R$ 14 milhões de investimento

O projeto está entre 15 ideias selecionadas pela Nasa em janeiro para o programa NIAC (Conceitos Inovadores Avançados da NASA) de 2025. A ideia do programa é financiar conceitos revolucionários capazes de transformar missões espaciais futuras.