
Apoiadores de Jair Bolsonaro foram impedidos de realizar uma vigília em favor do ex-presidente (PL) no interior da Paróquia São Francisco de Paula, após o Supremo Tribunal Federal declarar trânsito em julgado da ação contra Bolsonaro. O caso ocorreu nesta terça-feira (25), horas após o Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom Antônio Peruzzo determinar o cancelamento do ato religioso, bem como de qualquer outro com cunho político.
Um vídeo circula nas redes sociais com o cumprimento da decisão por parte de um padre da paróquia. Na discussão, uma das apoiadoras questiona: “Agora não bastam mortes na Nigéria, de matar cristão, agora o cristão não pode entrar na igreja?” Após ouvir que a proibição ocorre por ordem do arcebispo, uma das participantes opina: “Ele não precisa cumprir a ordem. A igreja tem que estar aberta.”
No vídeo é possível ainda observar que apenas uma mulher utiliza trajes em verde e amarelo, enquanto a maioria usa blusas de cores diversas. Com um megafone, ela fala após o padre se retirar, já com sua decisão tomada: “É uma tristeza imensa para nós, católicos. Desculpem, me dá até vontade de chorar”
Uma das pessoas a divulgar a vigília foi a pré-candidata ao Senado Federal Cristina Graeml (União). Ela pediu uma “corrente nacional por Saúde, Liberdade e Justiça para o presidente Bolsonaro e todos os milhares de presos e exilados políticos do Brasil, por Anistia Já e pelo restabelecimento do Estado de Direito no Brasil”, e anunciou data, horário e local do ato religioso. Com a proibição de entrar na paróquia, o grupo conduziu as orações do lado de fora.
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Apoiadores veem perseguição religiosa em prisão de Bolsonaro
A prisão de Bolsonaro foi determinada após a convocação de uma vigília por parte do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Além da vigília, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes considerou a violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro com ferro de solda. Políticos de direita apontam perseguição religiosa na decisão.
Em outro episódio, também apontado como perseguição religiosa por parte do ministro, o pastor Silas Malafaia teve apreendidos os cadernos onde faz anotações para seus sermões.
Preso preventivamente por conta das violações, Bolsonaro agora está condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por, organização criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A Gazeta do Povo entrou em contato com a arquidiocese de Curitiba, com a Paróquia São Francisco de Paula e com a organização do evento. O espaço segue aberto.
Fonte. Gazeta do Povo


